É muito comum em depoimentos de pessoas comuns, quando em homenagem a artista e celebridades, dizerem que a sensação de perda se assemelha à da perda de um parente ou de um amigo muito próximo, à perda daquela pessoa que tínhamos um grande vínculo, de alguém como conselheiro, como irmão, e seria o discurso fácil, se não fosse tão difícil explicar essa sensação.

Geralmente, nos afeiçoamos às pessoas que comungam de maior parte de nossos anseios, ideais, valores e princípios, por isso que (pelo menos para esse que vos escreve), parece que uma parte de meu ser, que dava alcance a grande parte aos meus pensamentos, motivações e protestos, se vai junto quando essa pessoa deixa esse mundo. A representação da nossa voz desaparece com seu último suspiro, porém, a IDÉIA que essa pessoa já se tornou, permanece e se dissipa entre outras vozes presentes ou futuras, porque continuaremos reverberando quem um dia foi, sem sequer saber disso, um dos nossos mentores....

O MAIOR DOS GRANDES MISTÉRIOS

Dentre todos os maiores mistérios do universo, o AMOR é o mais indecifrável, e ao mesmo tempo, o mais DEMOCRÁTICO, mas o que realmente intriga é que por mais que alquimistas, médicos, cientistas e filósofos busquem uma forma de "compreender", "explicar" ou até mesmo "replicar" o amor, falham miseravelmente, quer seja pelo amor se manifestar com espontaneidade, ignorar defeitos na pessoa amada tornando-nos suscetíveis a acreditar em sua mudança, o fator INCONDICIONALIDADE dribla com maestria a RAZÃO.

O que faz com que "mentes brilhantes" busquem explicar ou "criar amor", é a terceira forma como o amor simplesmente "brota", do ventre de pessoas que sequer se sentissem capazes de desenvolver tamanho sentimento, em uma bomba químico-hormonal tão carregada de dúvidas, incertezas, euforia, ansiedade, preocupação e se traduza no anseio de carregar nos braços aquele pequeno rosto que mal fazem idéia a quem se assemelhe, é no momento CRUCIAL ...